Empreendedorismo jurídico: tendências para o futuro da advocacia

O principal desafio da advocacia atual é se tornar preparada para as inovações, tecnologias e tendências que moldam uma nova estrutura de trabalho, um jeito novo de exercer a advocacia. O estudo de tendências é importante para entender quais são essas novidades que estão sendo desenvolvidas e, principalmente, o impacto que elas podem ter nas práticas jurídicas.

O escritório de advocacia do futuro deve incorporar as tendências e orientar seu trabalho para potencializar resultados e ser percebido como uma organização contemporânea, preparada para lidar com as principais questões jurídicas e com as práticas mais avançadas de gestão.

Neste artigo, abordamos sobre algumas dessas tendências, algumas já caminhando para o amadurecimento e outras abrindo grandes campos de atuação. Siga com a leitura.

1.  Automação de processos

A Automação de Processos Repetitivos, ou RPA na sigla de TI, é uma tendência em todos os tipos de empresas. Sua função é realizar tarefas corriqueiras com eficiência, eliminando a possibilidade de falha humana, garantindo velocidade, com maior nível de precisão. A famosa inteligência artificial (IA) tem tudo a ver com essa tendência, e está cada vez mais presente no nosso dia-a-dia..

Na advocacia, ela representa a liberação do advogado para as práticas jurídicas, deixando as tarefas repetitivas para a máquina realizar. Assim, o profissional pode se dedicar às questões analíticas do seu trabalho. A automação de processos está atrelada ao aumento da produtividade nos escritórios de advocacia, maior agilidade, satisfação de clientes e, até mesmo, satisfação interna da equipe.

2. Marketing jurídico

Cada vez mais, os escritórios de advocacia estão investindo em marketing jurídico. Esta é uma forma de garantir a visibilidade que o negócio precisa e obter ganhos de imagem perante seu público-alvo.

Mas, claro, tudo deve ser feito respeitando as limitações éticas impostas pela OAB, afinal não se deve publicizar acesso à justiça. Uma boa solução é investir no marketing de conteúdo, mostrando a expertise dos profissionais nas mídias sociais, por exemplo, aumentando a presença digital do escritório de advocacia e reforçando a autoridade.

3. Big data e inteligência artificial

A decisão baseada em dados estará (na verdade, já está) presente na maioria das atividades profissionais. Isso porque os dados se tornaram um ativo valioso, do qual se extrai muito valor. Não é à toa que se diz que “os dados são o novo petróleo”. Com grandes bases de dados disponíveis e inteligência artificial para fazer inferências, é possível olhar para situações concretas, com muita precisão, e tomar decisões baseadas em um cenário altamente realista, que só os dados podem mostrar.

É uma tendência também para os escritórios de advocacia, que podem conseguir nos dados soluções jurídicas inalcançáveis para a capacidade analítica das pessoas. Claro, todo um trabalho deve ser realizado a posteriori, com a expertise dos advogados especialistas. 

4. Direito Digital

Com a digitalização dos negócios e da vida cotidiana, abre-se uma espécie de vácuo legal que desafia o mundo jurídico de diversas maneiras. Desde a ausência de leis até a atuação em universos desconhecidos e inovadores, como o metaverso e as criptomoedas, tudo está na mira das tendências dos escritórios de advocacia.

Com a LGPD, já se estabelece uma base importante para o Direito Digital, mas ainda há muito o que avançar, em um ambiente econômico e social que se modifica com muita velocidade. Assim, os profissionais da área precisam se especializar, encontrar teses sólidas e se preparar para qualquer demanda que vier a partir destas novas tendências.

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